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Idi Amin: Canibalismo, Carnificina e uma Paixão pela Rainha

O Terrível Reinado do “Açougueiro da África”

Olhando para esta cena, você pode achar que este homem está sendo dramático demais, que é apenas um pedaço de carne. Mas e se ele estivesse comendo carne humana? Você sentiria um calafrio percorrer sua espinha?

Ele foi “o tirano mais desumano” do continente africano, um dos governantes mais infames da história moderna. Em sete anos de ditadura, assassinou quase 300.000 de seus próprios cidadãos e até abusava de suas próprias esposas em acessos de fúria. Tinha uma obsessão mórbida por torturar pessoas até a morte e chegou a ser visto comendo carne humana em público. As partes que não comia eram jogadas no rio Nilo para alimentar os crocodilos. No final, havia tantas vítimas que os crocodilos não conseguiam mais comer, entupindo a hidrelétrica próxima com milhares de cadáveres.

Ele também era insubordinado no cenário internacional. Certa vez, sugeriu que a sede da ONU fosse transferida para seu país. Chegou a flertar com a Rainha da Inglaterra, dizendo que queria mostrar a ela o que era um “homem de verdade”. Também pedia que ela lhe enviasse suas calcinhas usadas.

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O que permitiu que ele cometesse tantas atrocidades? E qual foi seu destino final?

Hoje, conheceremos o “Açougueiro da África”, o ex-presidente de Uganda: Idi Amin.

Da Pobreza ao Poder

A infância de Amin foi trágica. Nascido em uma vila no norte de Uganda, sua família era pobre e seu pai os abandonou. Sem figura paterna e com apenas quatro anos de escolaridade básica, era praticamente analfabeto.

Felizmente, Amin tinha um físico privilegiado: 1,93m de altura e mais de 100kg de músculos. Apesar do desprezo alheio, ninguém ousava provocar o “Shaquille O’Neal africano”.

Em 1940, Amin encontrou sua grande chance: alistou-se no exército.

Com físico privilegiado e coragem, destacou-se em combate. Em poucos anos, já era sargento. Mas seu maior trunfo foi conquistar a confiança de um homem: Milton Obote.

Obote, então primeiro-ministro de Uganda, era ambicioso. Precisava expandir sua influência e encontrou em Amin o braço direito perfeito. Juntos, contrabandearam ouro, marfim e outras riquezas. Mais tarde, deram um golpe e Obote tornou-se o primeiro presidente. Amin foi nomeado comandante das forças armadas.

Obote achava que havia feito um bom negócio. Com alguns favores, ganhara a lealdade de Amin. Mas subestimara a ambição do “gigante gentil”.

O Golpe de Estado

Em 1971, Amin reuniu oficiais leais e deu um golpe. Em dez dias, destituiu Obote e autoproclamou-se o terceiro presidente de Uganda.

Apesar do golpe, Amin inicialmente conquistou o povo. Libertou presos políticos, casou-se com mulheres de diferentes etnias e até realizou um funeral de Estado para o rei deposto. Sua imagem de “pai do povo” conquistou a todos. Os ugandenses acreditavam que dias melhores estavam por vir.

Mas a realidade foi um tapa na cara. Amin não só falhou em trazer prosperidade, como mergulhou o país no caos. Seus sete anos de reinado foram de terror absoluto.

O Regime do Terror

Para consolidar o poder, Amin primeiro eliminou os partidários de Obote. Qualquer um que tivesse ligação com o ex-líder, ou até mesmo quem tivesse o mesmo sobrenome, era condenado à morte. Mais de 15.000 pessoas foram executadas.

Em seguida, iniciou uma “limpeza étnica”. Certo dia, alegando ter recebido um sonho divino, expulsou todos os asiáticos do país. Em sua maioria indianos, eles controlavam o comércio. Com a expulsão, a economia entrou em colapso.

Os intelectuais foram os próximos. Amin, de baixa escolaridade, invejava e temia os intelectuais. Todos os professores, escritores e até médicos foram expulsos. O país mergulhou na escuridão.

Com os opositores eliminados, Amin começou a exibir sua insanidade:

Transformou a rádio estatal em sua emissora pessoal, onde cantava desafinadamente. Decretou que todos deveriam usar sandálias. Quem ousasse desobedecer seria forçado a comer seu próprio calçado.

Seus métodos de tortura eram particularmente cruéis. Os presos políticos eram açoitados até a morte. Os corpos eram dados aos crocodilos. Quando os répteis já não aguentavam, os cadáveres entupiam as turbinas da hidrelétrica.

Até com as esposas Amin era sádico. Uma delas ousou criticar seu estilo de vida. Ele a forçou a assistir sua execução e exibiu o corpo como advertência.

O ápice da barbárie foi quando descobriu uma traição. O casal adúltero foi esquartejado. Amin comeu partes dos corpos em público, reclamando que “a carne humana é muito salgada”.

Delírios de Grandeza

Em seu delírio, Amin acreditava ser o centro do mundo. Certa vez, exigiu que a sede da ONU fosse transferida para Uganda. Chegou a enviar cartas à Rainha Elizabeth II, dizendo que “um homem de verdade como ele poderia satisfazê-la”.

Seus delírios de grandeza chegaram ao absurdo de exigir que a rainha lhe enviasse suas calcinhas usadas, para que pudesse “sentir seu cheiro”.

A Queda

Em 1978, Amin cometeu seu maior erro. Ao atacar a Tanzânia, subestimou seu exército. Os soldados, subnutridos e desmoralizados, foram facilmente derrotados. A Tanzânia contra-atacou, e o povo ugandense se uniu aos invasores.

Acuado, Amin fugiu para a Líbia e depois para a Arábia Saudita. Em 2003, morreu de falência múltipla dos órgãos. Seu legado foi um país em ruínas, com centenas de milhares de mortos.

Apesar de sua infância trágica, nada justifica a selvageria de Amin. Seu nome é sinônimo de tirania, um alerta eterno sobre os horrores que um homem pode infligir.

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