Um grupo de homens musculosos e nus, cada um segurando uma lança de madeira, reuniu-se ao redor de uma pilha de ferramentas, sussurrando em uma língua que ninguém consegue entender…
(Foto de alta resolução do povo Massaco)
Recentemente, uma série de fotos da região amazônica do Brasil tomou o mundo de assalto:
Acontece que especialistas da Fundação Nacional do Índio do Brasil (FUNAI) conseguiram, após mais de trinta anos de rastreamento, capturar as primeiras imagens de alta resolução da tribo isolada Massaco.
O povo Massaco se reuniu.
Você deve saber que a Floresta Amazônica no Brasil ainda abriga mais de 100 tribos que permaneceram isoladas e ainda não entraram em contato com o mundo civilizado.
Destes, 28 foram oficialmente reconhecidos, e os Massaco são um deles.
Dizem que eles usam arcos de três metros de comprimento para caçar, são habilidosos em armar armadilhas com espinhos e possuem habilidades de combate excepcionalmente fortes.
Anteriormente, histórias sobre o Massaco eram limitadas às tradições orais, mas agora suas pegadas foram capturadas em câmera. Isso sugere que eles foram bem protegidos, mas também levanta questões sérias:
À medida que seu território se expande, eles inevitavelmente entrarão em contato com o mundo civilizado, e tal contato pode potencialmente trazer-lhes desastre…
Desde a década de 1980, a FUNAI tem conhecimento da existência da tribo Massaco, mas, sem saber como eles se autodenominavam, a FUNAI os nomeou em referência à região de Massaco, onde eles eram ativos.
A região onde os Massaco estão ativos, na fronteira entre Brasil e Bolívia.
Naquela época, a FUNAI adotava uma política de contato pacífico com os povos indígenas, e seus especialistas tentaram vários métodos para atrair os Massaco para fora da floresta.
Em 1987, especialistas da FUNAI tentaram deixar presentes na área onde os Massaco estavam ativos, como ferramentas de metal, utensílios, panelas de ferro e espelhos.
No entanto, pouco tempo depois, outro especialista da FUNAI propôs uma nova perspectiva:
Após o contato com essas tribos isoladas, doenças do mundo civilizado podem facilmente infectar essas pessoas, potencialmente levando à sua extinção, pois elas não possuem sistemas imunológicos robustos como os de fora. Considerando que essa tribo é estimada em ter apenas 100 a 200 membros, eles são bastante vulneráveis.
Finalmente, a FUNAI cancelou urgentemente o plano de contato e listou os Massaco como uma tribo sob uma política especial de não contato.
Assim, o Massaco desapareceu na selva, tornando-se uma das tribos não contatadas menos compreendidas.
(Redes tecidas pelos Massaco)
Em 1992, especialistas da FUNAI decidiram registrar sistematicamente os vestígios dos Massaco sem contato.
Devido ao desmatamento na Amazônia, o crescimento populacional dos Massaco tem sido lento, e ao longo dos anos, seu número apenas dobrou, estimado entre 200 a 300 pessoas.
O aumento da população foi deduzido pelos especialistas a partir de itens deixados para trás em seu habitat, como o aumento de brinquedos infantis e pegadas.
Apesar de não terem a oportunidade de contato direto, os especialistas ainda aprenderam algumas características notáveis do Massaco:
As pessoas dessa tribo usam arcos e flechas de cerca de três metros de comprimento, que são os mais longos entre todas as tribos indígenas, e até mesmo na história humana, suas armas estão entre os arcos mais longos. Para comparar, os longbows ingleses medievais tinham apenas dois metros de comprimento.
(Arco longo de Massaco)
Os arcos superlongos dos Massaco intrigaram especialistas, até mesmo confundindo outras tribos indígenas: “Como eles usam esses arcos e flechas? Eles se deitam para atirar?”
Além disso, especialistas descobriram que os Massaco são habilidosos em armar armadilhas com espinhos para proteger sua tribo de forasteiros.
Ao contrário de algumas tribos que se concentram em adornos corporais elaborados, os Massaco não têm tatuagens, não usam joias, não têm piercings e não ostentam penteados incomuns; sua vestimenta é bastante simples.
Casas do Massaco
Nos últimos anos, à medida que o território dos Massaco se expandiu, especialistas da FUNAI tentaram várias maneiras de guiá-los para longe do mundo civilizado.
O método utilizado foi semelhante, pendurando presentes em áreas específicas para que o Massaco pegasse, como ferramentas do mundo civilizado, como machados, facões e panelas de ferro.
Com esses itens úteis, o Massaco naturalmente não se aventuraria em outros assentamentos humanos.
Devido à proteção e orientação deliberadas, muito poucos viram os verdadeiros rostos dos Massaco ao longo dos anos.
Mesmo os especialistas da FUNAI não viram o Massaco vivo até 2014.
Era uma tarde, às 13h, quando o especialista Paulo Silva estava preparando café em sua cabana e ouviu uma série de batidas urgentes na porta. Olhando pela janela de proteção, ele viu dois homens completamente nus, com arcos e flechas, claramente nativos da selva.
Silva adivinhou que eles eram os lendários Massaco, com um mais velho cavando um buraco para uma armadilha e um mais jovem colocando espinhos dentro.
Temendo ser capturado como presa, ele reuniu coragem e gritou, finalmente assustando os dois e os afastando.
(Cabana do especialista da FUNAI)
Agora, dez anos se passaram, e especialistas da FUNAI instalaram câmeras na selva e penduraram vários presentes, atraindo novamente os Massaco para vir buscá-los.
Desta vez, eles não decepcionaram, capturando as primeiras fotos de alta resolução do Massaco.
Líder do massacre e seus seguidores
Como rumores, o Massaco parecia forte e robusto, mas vestido de forma simples, sem modificações corporais, parecendo à primeira vista como pessoas comuns modernas sem roupas.
Nesta série de fotos, o homem que parece ser o mais alto parece ser o líder, responsável por direcionar as ações de todos.
Além disso, especialistas capturaram outro costume único dos Massaco:
Eles gostam de empilhar crânios de animais para formar uma estrutura semelhante a uma torre.
Sejam essas torres de crânios oferendas ou troféus, os especialistas não têm uma explicação sólida.
Torre de crânios empilhados pelo Massaco
Após trinta anos de rastreamento, as cenas de atividade de Massaco finalmente foram fotografadas. Enquanto os especialistas estão entusiasmados, eles também estão cheios de preocupação.
Afinal, a FUNAI trabalhou por mais de trinta anos para permitir que o Massaco continuasse vivendo isolado, sem contato com o mundo exterior.
Agora, com o crescimento da população Massaco, aliado à mudança climática e ao esgotamento das fontes de água existentes, os Massaco inevitavelmente precisarão migrar e expandir-se para novos territórios.
Isso inevitavelmente levará ao contato com o mundo civilizado.
Uma vez infectado com doenças externas, o risco de extinção volta a pairar.
Especialistas estão sem saber o que fazer:
Enfrentamos essa questão complicada (contato), e ninguém sabe quais serão as consequências. Essencialmente, o contato agora é inevitável. Claro, esperamos sinceramente que isso não aconteça…
Ser ou não ser, eis a questão…