Wall Street em turbulência com tarifas abalando confiança dos investidores
O mercado acionário dos EUA enfrenta forte queda, eliminando US$ 4 trilhões em valor. A queda acentuada segue as políticas tarifárias agressivas do presidente Donald Trump, que alarmaram investidores e aumentaram a incerteza econômica.
No último mês, o S&P 500 despencou de máximas históricas, com os principais índices registrando suas piores quedas do ano. Especialistas alertam que o ajuste do mercado pode se aprofundar se as preocupações econômicas persistirem.
Colapso do mercado: Maiores perdas em 2025
S&P 500: Caiu 2,7% na segunda-feira, maior queda diária do ano.
Nasdaq Composite: Recuou 4%, maior declínio desde setembro de 2022.
Ações de tecnologia em queda livre:
Apple (AAPL) e Nvidia (NVDA) caíram 5%.
Tesla (TSLA) despencou 15%, perdendo US$ 125 bilhões em valor.
Bitcoin: Deslizou 5%, refletindo aversão generalizada ao risco.
Em meio ao caos, setores defensivos como utilities subiram 1%, enquanto títulos do governo americano tiveram maior demanda com investidores buscando ativos seguros.

Guerras tarifárias e incerteza econômica
As batalhas tarifárias do governo Trump com Canadá, México, China e União Europeia alimentaram a incerteza. Investidores estão particularmente preocupados com o impacto nos lucros corporativos e no crescimento econômico.
Líderes empresariais soam o alarme
Peter Orszag, CEO da Lazard, alertou que disputas comerciais prolongadas podem prejudicar a economia americana.
Delta Air Lines (DAL) reduziu pela metade sua perspectiva de lucro, citando incertezas, fazendo suas ações caírem 14%.
Hedge funds estão recuando, com empresas reduzindo exposição a ações no ritmo mais rápido em dois anos, segundo Goldman Sachs.
Enquanto isso, legisladores correm para aprovar projeto de financiamento e evitar paralisações governamentais, aumentando ansiedades no mercado.
Estratégia de Trump: Uma aposta arriscada?
O presidente Trump mantém postura desafiante, recusando-se a especular sobre recessão. Seu governo parece disposto a tolerar volatilidade em busca de objetivos econômicos e políticos mais amplos.
Segundo Ross Mayfield, estrategista da Baird, o Wall Street acorda para a realidade de que as políticas de Trump podem ter graves consequências de longo prazo.
Ações estão supervalorizadas? Especialistas opinam
Mesmo com a recente queda, as avaliações permanecem historicamente elevadas:
O S&P 500 opera a 21 vezes lucros futuros, bem acima da média histórica de 15,8.
Analistas da AJ Bell alertam que guerras comerciais, tensões geopolíticas e incerteza econômica podem desencadear correção mais profunda.
O que vem pela frente para investidores?

O futuro do mercado depende de fatores-chave:
Negociações comerciais: Trump conseguirá acordos para aliviar tensões tarifárias?
Indicadores econômicos: Relatório de inflação iminente pode influenciar sentimento.
Confiança dos investidores: Empresas e consumidores se adaptarão à maior incerteza?
Por ora, o Índice de Volatilidade Cboe (VIX), termômetro do medo, atingiu nível mais alto desde agosto, sinalizando inquietação contínua.